2023 e um balanço parcial dos eventos que frequentei.

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Como empreendedora, uma grande diferença que notei em relação à vida corporativa é que nunca estive tão próxima de dois conceitos que aprecio muito: aprendizagem e crescimento. Agora, eles são constantes. Aproveitei essa nova vida e fiz um salto livre nesses primeiros meses de 2023.

Participei, pela primeira vez, de eventos de inovação, como SXSW e Web Summit, entre vários outros congressos, palestras e workshops. E o que aprendi nesses eventos? Me encontrei imersa num oceano de informações, surpresa com a amplitude e profundidade da criatividade e inovação que existe no mundo… como tecnologia, negócios, política e cultura, de diferentes partes do mundo estão se conectando e trabalhando juntas para resolver os problemas mais urgentes do mundo. Tudo isso, extrapolado da minha área de especialidade, me jogou para muito além da minha zona de conforto.  

Não é uma equação simples. Conteúdos diversos como ética, robótica, vacinas, que são absorvidos e precisam ser amalgamados com outros repertórios e… pessoas. A possibilidade de debater com outros participantes é uma parte especial dessa experiência. Esses momentos de conexões e de escutar perspectivas diversas são fundamentais. Aprendi até palavras novas, como “serendipity”, que significa basicamente fazer uma descoberta inesperadamente feliz. E é assim que eu defino esses eventos: como caldeirões de serendipity, aglomerados de pessoas ávidas por conhecimento e de mente aberta, imersas na mesma atmosfera vibrante e, em alguns casos, em uma cidade inteiramente envolvida no evento. A experimentação real do fator surpresa.

Pessoalmente, adquiri um conhecimento holístico (porém tenho minhas dúvidas se mais profundo!) das principais tendências tecnológicas que estão moldando nosso mundo agora e no futuro. É fácil ficar preso nos nossos próprios pensamentos e preconceitos, mas é importante estar aberto a ouvir o que os outros têm a dizer. Isso pode levar a novas ideias, novas oportunidades e novas formas de pensar sobre o mundo. Sinto que foram dias com alguns dos aprendizados mais intensos que já vivenciei. Me senti totalmente exausta, mas inspirada.

Desde que comecei a participar, amigos me perguntam se recomendaria ir a esses eventos, devido ao investimento – de esforço, dinheiro e tempo! Em primeiro lugar, são eventos caros, de fato. Mas penso que o primeiro retorno sobre o investimento (ROI) que você deve considerar é evitar o risco potencial da inatividade (Risk Of Inactivity). Ou seja, quanto tempo, dinheiro e oportunidade eu teria perdido se não participasse.

O segundo ROI vem quando a gente potencializa o conteúdo gerado por outras pessoas e o repertório que nós mesmas geramos ao disseminar a narrativa aprendida. Isso possibilita obter um novo alcance para nossa mensagem, o que pode ser medido através de novos prospects e clientes que acompanham nossas mídias sociais. 

E tem ainda outro ROI: a descoberta de novos modelos de negócios para investir e ferramentas para agregar ainda mais às empresas que já apoio. Eu, por exemplo, sou investidora-anjo e saí de lá com a cabeça fervilhando de ideias, com aprendizados valiosos que vão beneficiar os empreendedores que eu oriento nos seus primeiros passos no mundo dos negócios. Além disso, saí com uma lista de startups para avaliar novas possibilidades de investimento.

E não só. Esses eventos que frequentei pela primeira vez ampliaram minha imaginação sobre o futuro, me trouxeram percepções estratégicas e foram fontes de inspiração. Fiz conexões significativas e construí relacionamentos. Nunca subestime o poder da conexão pessoal: a interação privada com os influenciadores certos é uma boa ideia e um valioso uso do seu tempo. Isso é muito mais recompensador, inclusive, do que disputar os raros assentos de uma palestra estrelada. Esteja atento a isso e se envolva com as pessoas.

A maioria das interações é cara a cara, e o contato face a face é contagiante. Até chegar a esses eventos, a maioria das pessoas e empresas que eu conhecia estavam focadas na esfera digital, mas o que eu aprendi é que o verdadeiro boca a boca não mudou. Com isso, abracei a criatividade e a deixei brincar livremente. Promovi um caos criativo no meu modelo de trabalho.

O gênio da Wharton School da Pensilvânia, professor Jonah Berger, em seu livro “Conexões”, fala que quando nos importamos, compartilhamos. Quanto mais nos importamos com uma informação ou quanto mais nos envolvemos emocionalmente, mais passamos algo adiante. As pessoas gostam de transmitir informações práticas e úteis, e oferecer este valor fortalece os laços sociais. Essa é uma das razões pelas quais agora resolvi escrever mais – aqui no blog e no LinkedIn e Instagram.

Encerrando, me vejo refletindo sobre o restante deste ano, ponderando se devo manter minha agenda repleta, se devo continuar me aventurando nesses eventos inovadores… Devo fazer as malas para a próxima conferência ou não? Mas a resposta é quase certa: sim, muito provavelmente, eu vou. Por quê? Porque, como empreendedora, me alimento de conteúdo novo e preciso gerar repertório e valor.

Se eu ainda estivesse em uma corporação grande, faria a mesma escolha? Bem, provavelmente não. Afinal, a inovação que respiramos nesses eventos nem sempre é aplicada diretamente ao dia a dia corporativo…

Ana Paula Zamper

Ana Paula Zamper

Depois de mais de 30 anos de experiência no mercado de tecnologia, eu decidi abandonar o sobrenome corporativo e fundar a ByAZ. Junto com essa novidade, veio uma grande vontade de escrever e dividir meus pensamentos com você. Bem-vindo ao meu blog!

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