7 passos para a minha transformação

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Sim, eu também estive no SXSW – e pela segunda vez. Mas, apesar de admirar toda a cobertura que foi feita ao vivo, eu resolvi não ser essa pessoa. Recebi algumas mensagens perguntando onde estavam meus posts e minhas reflexões. Mas meu principal – e transformador – aprendizado este ano no evento foi viver o momento presente. Ou viver antes e postar depois – depois de pensar, amadurecer e processar o que eu aprendi. Então, me entreguei e me libertei do meu modelo óbvio de agir, de seguir meu dia a dia, num to do list infinito. E aqui vou contar um pouquinho de como fiz isso… (até porque você não precisa ler mais um artigo sobre as tendências apresentadas por Amy Webb, a discussão de IA liderada por Peter Deng ou a visão da singularidade tecnológica de Ray Kurzweil…).

Vamos começar pelo começo. Como uma boa capricorniana vinda do mundo de tecnologia, eu fui ao evento com um roteiro bem definido do que pensava em fazer. Chegando lá, depois de estar com as pessoas e de assistir algumas palestras, algo ficou muito forte para mim: eu estava lá, mas não estava presente.

Essa lição apareceu para os participantes em diferentes palcos e conversas casuais. Precisamos usar nossa consciência para nos apropriar do poder que já temos. Essa é “a” qualidade-chave que devemos buscar como líderes – atuais e do futuro. E como desenvolver isso, se não saindo da nossa bolha?

Então, decidi me entregar para o presente, saborear cada minuto, viver ao lado de cada pessoa que esteve comigo, entender a história do outro e a história de quem apresentava as palestras, estar aberta as dicas do grupo de curadoria com quem fui. Eu me entreguei a temas que se conectam com meu propósito de vida, com meu coração, com meu prazer de viver. E hoje trouxe apenas o que mais me tocou – não necessariamente os maiores destaques do line-up, mas sim o que me causou essa transformação profunda:

  • 1. “Momentos de realidade, e não de mídia”. Esther Perrel e Brené Brown falaram sobre como em tempos de IA anda assustador encarar as pessoas. Onde está o flerte, a serendipidade, a curiosidade, a espontaneidade?

  • 2. “O digital virou um escudo contra a vulnerabilidade”, também do podcast das duas. A gente se sente próxima de muitas pessoas, mas esta é uma intimidade artificial. Essa conexão falsa cria solidão, e a hiperconectividade mascara essa solidão moderna. Esther falou de um casal de conhecidos que, antes de comer em um restaurante, dizia: “o celular come primeiro”, querendo dizer tiramos fotos antes de tudo para postar… que vida, né?! Cadê o calor humano?

  • 3. “Quais são seus momentos oásis?”. A palestra “Os 4 Elementos do Pensamento Não Óbvio”, de Rohit Bhargava, foi incrível. E ele tocou num ponto que mexeu comigo: quais são os seus momentos oásis? Os espaços de tempo que você usa para sair do real? Pra mim, o SXSW foi é segue sendo um desses momentos, sem dúvida. Com suas filas, com sua intensidade, eu encontrei o silêncio durante as experiências, as palestras, as conversas….

  • 4. “O sucesso é quando você olha para 7 gerações e sabe que todas estarão bem”. Fui impactada com a sabedoria e a ancestralidade do painel sobre Bioeconomia, da ativista indígena brasileira Txai Suruí (pense numa doçura, inteligência e simpatia de pessoa!) com a advogada navajo americana Collete Pichon Battle. Saí de lá pensando: o que eu estou fazendo pelas próximas 7 gerações?

  • 5. “Empatia e compaixão requerem uma transformação interna”. Esse foi meu principal aprendizado da palestra de Sinram Jeet Singh, autor do livro “The Light We Give: How Sikh Wisdom Can Transform Your Life”. Ele dividiu experiências de sua vida pessoal e profissional e contou como podemos desenvolver a compaixão: com curiosidade, conexão e coragem

  • 6. “A felicidade é a única métrica do sucesso”. Confesso que tietei Depaak Chopra e Bon Jovi – recebi a senha de acesso número 2!!! – mas mais do que isso, a lição de que a felicidade é a base de tudo me tocou profundamente. Lembro perfeitamente de quando Deepak perguntou ao Bon Jovi como ele se definia, como artista, aos 60 anos e a resposta foi “I am”. Pleno.

  • 7. “A vida é o que acontece enquanto você está ocupado fazendo planos”. Posso não ter ouvido isso lá, mas fiquei feliz de ter rasgado meus planos e me deixar levar. Minha “meta não meta” deste ano, que já comentei aqui, é estar. Estar presente. Afinal, a vida não tem plano B.

Sinto que o SXSW foi um grande elemento de uma imersão transformacional interna que venho vivendo e que já está trazendo impactos positivos em tudo que eu faço, e em todas as relações que eu tenho o privilégio de vivenciar como parte da minha jornada. Ou pelo menos, assim espero!

Não sou guru, mas espero te inspirar porque esse é meu balanço inicial de um evento que ainda devo digerir ao longo do ano. E se você esteve lá vou adorar saber o que mais te marcou. Escreva nos comentários e vamos conversar!

Ana Paula Zamper

Ana Paula Zamper

Depois de mais de 30 anos de experiência no mercado de tecnologia, eu decidi abandonar o sobrenome corporativo e fundar a ByAZ. Junto com essa novidade, veio uma grande vontade de escrever e dividir meus pensamentos com você. Bem-vindo ao meu blog!

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