Sabe por que o desfile de Pharrell Williams para a Louis Vuitton deu tanto o que falar essa semana?

Compartilhe esse conteúdo:

Porque à primeira vista, o choque aparente entre tradição e inovação traz um impacto inesperado. Eu mesma, quando vi, critiquei. Mas eu estava baseada nas minhas próprias verdades, de que a LV é uma marca de luxo imutável. Olhei apenas para o passado. E pior: de forma conservadora.

Elevando o estilo Western a novas alturas, Pharrell fez uma verdadeira demonstração de como a moda pode transcender fronteiras culturais e históricas. E isso só foi possível porque a Louis Vuitton não se esquivou de escolher lideranças com formações não-convencionais. Antes de Pharrell, que é músico e produtor musical, veio Virgil Abloh, engenheiro civil e arquiteto. E essas escolhas – por pessoas “comuns” e fora do meio – permitiram que a moda furasse sua própria bolha, de certa forma a democratizando.

O mérito é dos líderes do negócio Louis Vuitton, alimentados por essa energia nova, e dos criadores, que não permitiram que seu passado e sua história definissem sua trajetória.
Minha visão é de que Pharrell é um experimentador e isso é um enorme mérito. Afinal, grande parte do que está acontecendo hoje envolve navegar pelo desconhecido, e isso inevitavelmente exige experimentação. Eu o vejo também como um construtor de ecossistemas: lembro que ele já admitiu que, embora tenha escrito sozinho a música “Happy”, foram os milhares de colaboradores que a tornaram deles, o que fez da música um grande sucesso.

Na LV, essa aposta mostra que um líder não está lá para apenas gerenciar a organização e operar de forma eficiente. Seu trabalho é definir uma visão, trazer impulso criativo e personalidade para sua organização, e usar da competitividade para ouvir, aprender e liderar. Essa energia molda o negócio e incentiva os talentos. Gosto de pensar que CEO é cada vez menos Chief Executive Officer e cada vez mais Chief Energy Officer.

E para esse profissional é muito mais valioso o desejo de experimentar novas coisas do que o olhar saudoso e a velha frase “no meu tempo”… É claro que que as experiências do passado têm seu valor e contribuem para quem somos hoje, mas a capacidade de experimentar coisas novas, de abraçar o desconhecido e de se abrir para novas perspectivas é o que nos permite evoluir.

Ana Paula Zamper

Ana Paula Zamper

Depois de mais de 30 anos de experiência no mercado de tecnologia, eu decidi abandonar o sobrenome corporativo e fundar a ByAZ. Junto com essa novidade, veio uma grande vontade de escrever e dividir meus pensamentos com você. Bem-vindo ao meu blog!

Post Recentes:

byAZ © Copyright 2024. Desenvolvido por: Desginauta. 

Scroll to Top