No final de semana, fui ao Primavera Sound, onde percebi como nunca que a música representa mais do que apenas sons: ela é uma experiência profundamente enraizada em vibrações. Um evento, como este festival, proporciona uma experiência física poderosa e imersiva. E durante o show do The Cure, o intérprete de libras me chamou a atenção e me fez pensar sobre a conexão entre empatia e inovação.
Empatia pode ser confundida com simpatia e, portanto, ser subestimada como um atributo valioso para líderes. A empatia é essencial para o crescimento pessoal e profissional e é um superpoder. Eu já li (mas não lembro onde!), que “a empatia é a qualidade mais essencial da civilização”.
Mas como conectar empatia e inovação? Tudo começa com as pessoas – com um alto nível de empatia, as empresas podem unir criatividade e inovação.
A liderança empática cria uma cultura empresarial mais inovadora, engajada e inclusiva. Em um ambiente onde diferenças individuais são compreendidas e pontos de vista e opiniões variados não são desconsiderados ou rejeitados, a verdadeira inovação pode acontecer.
A empatia tem ainda um impacto direto na satisfação e lealdade do cliente – potencializa as relações, solidificando-as e aprofundando-as, garantindo que sejam colaborativas em vez de transacionais, e personalizadas em vez de genéricas. As marcas devem se envolver com as pessoas a quem servem de maneiras autênticas e recíprocas – em um verdadeiro relacionamento único. É o caso do intérprete de libras no show do The Cure, mas também de tantos outros.
Além de motivar a criatividade, a empatia é fundamental para a construção de marcas queridas, para o desenvolvimento de novos produtos, para um lucro maior e para seu crescimento.
Hoje, não devemos apenas mudar ou inovar por inovar — precisamos fazer isso com um propósito. E agilidade, experimentação e empatia são pontos-chave nessa equação. O slogan “people first” precisa ir além do marketing: ele é a base de tudo. Principalmente nos tempos em que vivemos, em que todos andam muito belicosos e intolerantes: se não nos acolhermos, respeitarmos e tivermos muita empatia pelo próximo, estamos, literalmente, perdidos – e não só como marcas. Como seres humanos.