Recentemente, a revista TIME divulgou pela primeira vez uma lista que
destaca as 100 pessoas mais influentes no mundo da Inteligência
Artificial, e eu fiquei pensando em como essas listas são fascinantes.
Em tempos em que todos parecem flutuar em um oceano de incertezas, é
inegável que líderes e pessoas influentes agem como faróis. Eles são
os pioneiros, os disruptores, os visionários. Acompanhar suas
carreiras e conquistas pode ser motivador, nos inspirando a lutar por
nossos próprios objetivos e, ao mesmo tempo, servir como um espelho
para nossas aspirações profissionais e pessoais. Afinal, como diz John
Maxwell, “𝘭𝘪𝘥𝘦𝘳𝘢𝘯𝘤̧𝘢 𝘦́ 𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘦𝘫𝘰 𝘢𝘱𝘢𝘪𝘹𝘰𝘯𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘦 𝘧𝘢𝘻𝘦𝘳 𝘢 𝘥𝘪𝘧𝘦𝘳𝘦𝘯𝘤̧𝘢”.
Por outro lado, será que nossa fixação em líderes notáveis reflete uma
falta de confiança em nosso próprio valor? Em nossas habilidades? Há o
risco de nos compararmos excessivamente com esses ícones e nos
sentirmos inadequados.
Isso sem contar a questão da representatividade: se a gente se espelha
nos líderes, uma lista que traz menos de 50% de mulheres pode ser um
balde de água fria em jovens estudiosas de tecnologia – com a exceção
honrosa da americana Sneha Revanur, fundadora do grupo ativista Encode
Justice e a pessoa mais jovem a figurar na lista, aos 18 anos.
Por isso, entendo que é crucial encontrar um equilíbrio saudável entre
a inspiração e a autoconfiança. Afinal, não existem apenas realizações
excepcionais no mundo: cada um de nós tem uma contribuição única a
oferecer. O desafio está em usar essas referências como uma fonte de
orientação, sem permitir que elas diminuam nossa autoestima.
E você, como pretende fazer história com suas ações diárias, tornando-se a inspiração que busca?