Não basta ser “AI first”; o importante é estar “AI ready”.

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“Até 2050, viveremos o equivalente a 100 anos de evolução em apenas 25 anos’’, comentou no SXSW 2024 Ian Beacraft, CEO da consultoria Signal & Cipher e renomado especialista em IA.

É fato que a Inteligência Artificial deve ser parte fundamental da estratégia de tecnologia e negócios de qualquer empresa. Por isso, ao se preocupar em ser “AI first”, os líderes devem desenvolver abordagens próprias para ética e governança na implementação da IA, garantindo consistência, transparência, justiça e eficiência em toda a organização.

Mas ao invés disso como o mercado responde? Com um novo cargo e uma nova sigla. Agora, além do CTO (Chief Technology Officer), do CIO (Chief Information Officer) e do CISO (Chief Information Security Officer), vem aí… o CAIO (Chief Artificial Intelligence Officer). Ao menos foi o que li dia 23/3, em uma matéria do Valor. À medida que as organizações aumentam seus investimentos em tecnologias de IA, o CAIO seria um líder estratégico responsável por impulsionar a inovação, o crescimento empresarial e a vantagem competitiva.

A questão é que isso reflete uma realidade onde dados e digital ainda são consideradas especializações. E apenas em nível executivo. Mas será que isso vai garantir que a IA seja aplicada em toda a empresa?

Eu acredito, como comentei aqui, que precisamos usar nossa consciência para nos apropriar do poder que já temos e liderar a Inteligência Artificial de forma integrada ao negócio. Em vez de simplesmente adicionar mais camadas à estrutura organizacional, talvez precisemos olhar para dentro e cultivar uma mentalidade de liderança que reconheça a importância da IA em todos os aspectos do nosso negócio.

Não se trata apenas de criar novos títulos ou departamentos, mas sim de capacitar todos os líderes e colaboradores para entenderem e utilizarem a tecnologia de maneira estratégica e consciente. Assim, podemos aproveitar ao máximo seu potencial transformador. Seria uma espécie de “generalista criativo” para usar o termo apresentado por Ian Beacraft para definir o novo profissional que tem a IA como seu aliado.

Para coordenar a interação entre humanos e máquinas em um ambiente de trabalho híbrido, por exemplo, os generalistas criativos poderão se beneficiar de modelos de IA generativa, programados para incorporar as habilidades específicas de cada profissional, proporcionando uma integração mais eficiente e personalizada. Seria uma gestão de conhecimento com IA aplicada, em que escalabilidade e eficácia são exponencialmente maiores.

A chave da IA não está apenas nas hard skills, mas sim na criatividade e na habilidade de trabalhar em parceria. Em uma empresa com líderes “AI ready” que tenham clareza dos objetivos da organização, será possível impactar diretamente a experiência do cliente, o desenvolvimento de produtos e a eficiência operacional desde já, pois a próxima grande novidade pode chegar a qualquer momento e, cada vez mais rapidamente, tende a se dissipar.

Ana Paula Zamper

Ana Paula Zamper

Depois de mais de 30 anos de experiência no mercado de tecnologia, eu decidi abandonar o sobrenome corporativo e fundar a ByAZ. Junto com essa novidade, veio uma grande vontade de escrever e dividir meus pensamentos com você. Bem-vindo ao meu blog!

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