Esses dias ouvi falar na expressão Chronoworking e fiquei muito curiosa. Trata-se de um modelo de trabalho com horário adaptado ao relógio biológico de cada funcionário. Este formato, claro, só foi possibilitado pela tecnologia, que nos permite trabalhar de casa, nos horários mais convenientes para cada um.
Eu amei a ideia porque sempre fui muito madrugadeira, inclusive tenho uma amiga Flávia Lippi que brinca que até as 9 horas da manhã eu já construí um prédio. Em compensação, à noite, após as 20 horas, mal consigo raciocinar. Então o Chronoworking e a flexibilidade que o mundo digital nos oferece me ajudaria a entregar o meu melhor levando em conta minhas características.
Uma das consequências, segundo uma pesquisa feita pela plataforma de gestão de tarefas Asana e publicada em reportagem do Wall Street Journal, 21,4% dos usuários dos usuários têm optado por se conectar entre 5 e 9 da manhã. Pelo visto, não sou a única que acorda cedo. Tim Cook, CEO da Apple, e Mary Barra, da General Motors, são exemplos famosos de “morning person”.
O mais bacana é que líderes de mente aberta, que sabem aproveitar esse benefício que a tecnologia nos oferece acabam mensurando o sucesso profissional e a produtividade de outra maneira, que não as horas extra até a madrugada. Eles avaliam resultados e ainda ganham como consequência o bem-estar de seus funcionários.
Eu mesma posso dar um depoimento neste quesito: ao longo da minha trajetória, houve um tempo em que eu precisava atender calls e responder mensagens e e-mails de noite e isso me causava muito sofrimento. Agora, sei mais sobre meu próprio ritmo de produção e aprendi a me respeitar e me desconectar após as 20 horas. Isso diminuiu consideravelmente minha ansiedade.
O segredo para um Chronoworking bem-sucedido, a meu ver, é justamente uma combinação de autoconhecimento, tecnologia que possibilite este trabalho assíncrono e líderes que se preocupam com o bem-estar de sua equipe. Agora eu quero saber de você? Em qual horário é mais produtivo?