A inovação na saúde é um tema me atrai, tanto que realizo um trabalho com a SAS Brasil, que leva médicos especialistas a regiões sem acesso a eles, e com a Interplayers, um hub de negócios que facilita o acesso aos produtos e serviços de saúde no Brasil.
Recentemente, a China anunciou um marco histórico com o lançamento do Agent Hospital, o primeiro hospital totalmente operado por IA do mundo, que entrará em operação no final de 2024. Desenvolvido na Univ Tsinghua, em Pequim, o hospital exemplifica a capacidade da IA de processar dados rapidamente, aprender continuamente e oferecer um atendimento altamente escalável.
Utilizando médicos e enfermeiras virtuais, poderá atender até 3 mil pacientes por dia. Para garantir a segurança e confiabilidade, contará ainda com uma equipe de 14 médicos e 4 enfermeiros humanos que supervisionarão o trabalho da IA e intervirão quando necessário.
Semana passada, outro marco histórico na medicina foi alcançado quando um cirurgião chinês, diretamente de Roma, na Itália, realizou uma cirurgia de próstata em um paciente localizado em Pequim, na China. A primeira telecirurgia realizada entre continentes diferentes utilizou um console cirúrgico conectado a braços robóticos por meio de uma rede 5G e internet de fibra óptica.
Num país como o Brasil, onde 86% dos médicos especialistas estão concentrados em 6% dos municípios, esses avanços tecnológicos representam não apenas uma solução para esta distribuição desigual, mas também um avanço significativo na automação da saúde.
Não pude deixar de pensar no livro “Deuses e Robôs”, de Adrienne Mayor, que explora a história das primeiras ideias sobre Inteligência Artificial e robótica na mitologia e literatura antigas. Nossa atual fascinação com a IA é parte de um impulso humano de milênios para se tornar melhor, mais inteligente, mais rápido e mais forte.
As mitologias antigas já imaginavam seres artificiais, ideia que ressoa com as tecnologias modernas. Histórias de autômatos estabelecem paralelos com a IA atual, levantando questões éticas sobre poder e controle ainda relevantes. O desejo por tecnologias impulsionadas por humanos que fazem a IA funcionar… se hoje dependemos de óculos, aparelhos auditivos e membros artificiais, quando a IA for plenamente realizada, ela excederá os limites humanos, ou ainda como disse Ian Beacraft, Futurista e especialista no mundo do trabalho, “powered by people and enabled by AI”
Para líderes, esses avanços ressaltam a importância do aprendizado contínuo e da integração da IA como uma ferramenta para potencializar, mas não substituir, o elemento humano. Entradas de IA oferecerão uma organização de dados, nos quais os especialistas se basearão para tomar suas decisões.
E você, como anda na sua jornada de aprendizado de Inteligência Artificial? Está limitada ao “doutor Google” ou você já lidera projetos de IA na sua empresa? Compartilhe suas experiências nos comentários!