People, you have no idea.

No meu último post, falei sobre a ausência da economia prateada na NRF e como o mercado ainda não enxergou o potencial desse público. Hoje, quero trazer isso para a minha experiência pessoal, conectando com um tema que me acompanha diariamente: cuidar de mim sem abrir mão de quem eu sou.

Sim, faço procedimentos estéticos (afinal, por que não?), mas sempre com um limite claro: realçar quem eu sou, não apagar minha história. Cada linha do meu rosto tem um propósito, e apagar isso seria como editar a essência da minha trajetória.

Foi por isso que, ao assistir o Globo de Ouro, fiquei tão inspirada pelas mulheres maduras que desfilaram confiança e autenticidade no tapete vermelho: Fernanda Torres, Demi Moore, Viola Davis… Elas mostraram que a beleza não tem prazo de validade – ela evolui com a gente.

Por outro lado, vi com tristeza as fotos da Renée Zellweger para a British Vogue: o excesso de edição a deixou irreconhecível. Não é uma crítica à IA ou ao Photoshop, mas ao fato de que o mercado ainda insiste em esconder as marcas do tempo como se fossem defeitos, quando na verdade são nossa história.

E aí vem a pergunta: em uma geração de Fernandas, Demis e Violas, quem vai se identificar com marcas que retratam mulheres totalmente retocadas e quase irreconhecíveis? Vale lembrar que temos alto poder de compra, tempo (nem sempre, mas tentamos!) e uma vontade danada de continuar criando, trabalhando e fazendo a diferença.

E mais: temos conhecimento de causa ou, como gosto de falar, repertório. Já vimos tendências irem e virem, temos bagagem para comprar bem e sabemos o que queremos. Por isso, parem de tentar nos vender “rejuvenescimento instantâneo”, “filtros milagrosos” ou “a substância” porque a gente sabe que nem a IA é capaz de tanto. E quer saber? A gente nem quer!