Quem espalha mais fake news: humanos ou robôs? 

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Eu confesso que achava saber a resposta.

Mas recentemente, na Saint Paul Escola de Negócios, tivemos o evento “Reputação e Fake News: letramento digital como defesa na era da informação”, com Patrícia Marins, Fundadora da Oficina Consultoria. E ela trouxe dois dados surpreendentes:

1.  Notícias falsas se espalham 70% mais rápido que notícias verdadeiras,
2.  86% das fake news são difundidas por usuários, e apenas 14% por bots.

Isso me lembrou de um artigo de Mirian Goldenberg na Folha, que destacou o Brasil como o país onde mais se acredita em fake news, segundo pesquisa da OCDE. Além disso, um levantamento do Instituto Locomotiva revelou que 88% dos brasileiros já acreditaram em notícias falsas e que isso frequentemente leva a golpes financeiros e desinformação política.

O que mais impulsiona a pulverização das fake news é um ambiente online carregado de paixões e emoções e a necessidade que cada um tem de provar seu ponto de vista e confirmar seu viés. Os links são apelativos, exagerados, e sempre carregados de ideologia. Estamos sempre com pressa para checar e é bem mais fácil acreditar e passar adiante. Como diria o Nobel de Economia Herbert Simon, “uma riqueza de informação cria uma pobreza de atenção”.

O que podemos fazer? Ficar vigilantes, desmentir correntes de WhatsApp e cobrar regulamentação da inteligência artificial e das redes sociais para garantir um ambiente online mais saudável. Mas, acima de tudo, precisamos nos educar sobre IA e nos manter antenados aos temas atuais para não sermos reféns da desinformação.

Ana Paula Zamper

Ana Paula Zamper

Depois de mais de 30 anos de experiência no mercado de tecnologia, eu decidi abandonar o sobrenome corporativo e fundar a ByAZ. Junto com essa novidade, veio uma grande vontade de escrever e dividir meus pensamentos com você. Bem-vindo ao meu blog!

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