Outro dia, duas manchetes da newsletter da Febraban Tech chamaram minha atenção: ”80% dos bancos incorporam IA nas operações” e “COP30: bancos lideram transição para finanças verdes e sustentáveis.”
Interessante contradição, não acha? Quanto mais potente a Inteligência Artificial, maior o consumo energético. Em tese, o exato oposto de sustentabilidade.
Enquanto celebramos os avanços da IA — com modelos mais potentes, respostas mais precisas e possibilidades cada vez mais ousadas — um dilema se impõe: o custo invisível dessa inovação
Mas o cenário é mais complexo. A Microsoft, por exemplo, tem investido pesadamente em fontes de energia limpa para alimentar seus data centers de IA, um esforço para equilibrar a balança entre inovação e impacto ambiental. E não está sozinha: Sam Altman (OpenAI) defende que o gasto energético da IA é “bem investido”.
Pode até ser, quando salva vidas, amplia acesso à educação ou gera produtividade com propósito. O problema? É quando a IA serve apenas para criar imagens como o Jesus Camarão, criar laços emocionais com assistentes virtuais, simular terapeutas ou gerar mais do mesmo.
Porque inovar é imperativo.
Mas inovação sem responsabilidade não passa de um luxo automatizado.
Eis o dilema da liderança ambidestra (acostume-se com essa palavra, aliás). Crescer, sim, mas ignorar o impacto, jamais. Inovar sem esgotar. Automatizar sem alienar.
Inovar sem esgotar

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Ana Paula Zamper
Depois de mais de 30 anos de experiência no mercado de tecnologia, eu decidi abandonar o sobrenome corporativo e fundar a ByAZ. Junto com essa novidade, veio uma grande vontade de escrever e dividir meus pensamentos com você. Bem-vindo ao meu blog!
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