A Convergência da Arte e Tecnologia em uma Experiência Imersiva

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Iain Thomas e Jasmine Wang, no livro “O que nos torna humanos?: Uma inteligência artificial responde às perguntas mais importantes da vida”, dizem que a IA é uma forma de democratizar a criatividade, onde qualquer pessoa pode criar de maneiras que de outra forma não estariam acessíveis para elas.

Posso dizer que vivi isso! Inaugurado em fevereiro, o Museu de Arte e Tecnologia Mercer Labs tem potencial para ser a mais instagramável atração do Lower Manhattan. Eu estive lá este mês e fiquei encantada já na primeira sala: uma pomba com asas abertas nos convida a entrar e depois voa ao nosso redor. Na mesma sala, uma onda de luz cobre o ambiente com o que parece água.

Mas vamos por partes. O museu é composto por 15 espaços de exposição imersivos em três andares – cada um mais estimulante que o outro. É o primeiro museu de NY onde arte e tecnologia se unem para uma experiência imersiva. Ele utiliza tecnologia de ponta para alimentar instalações que vão desde um enorme hall de entrada com projeções de luz que nos mergulham completamente dentro de uma obra de arte, até uma sala de audição/meditação carpetada em 4D, com um dos sistemas de som mais avançados do mundo.

A exibição inaugural se chama “Limitless”, do artista israelense Roy Nachum, responsável pela capa do álbum “Anti” de Rihanna, de 2016. Nachum colaborou também com Kanye West, Pharrell Williams e outros músicos, e teve obras de arte expostas em NY, Tel Aviv, Dinamarca, Itália e muitos outros lugares ao redor do mundo. A cegueira é um tema comum no trabalho de Nachum que pode ser encontrado em toda a instalação no Mercer Labs. O Braille é comumente usado no trabalho de Nachum e é encontrado em cada obra do museu.

Algumas peças são interativas, como uma sala onde você colore um animal e depois o vê ganhar vida em uma tela. Em outra sala, há uma instalação holográfica em grande escala que usa 500.000 luzes de LED, penduradas em cordas e igualmente espaçadas, como pixels, criando vídeos tridimensionais, desde um cavalo galopante até as chamas de uma fogueira. As luzes são colocadas em uma sala espelhos, o que cria uma escala grandiosa que parece de outro mundo, o infinito.

No Mercer Labs, o espectador é convidado a experimentar as obras de outro ponto de vista, com provocações sobre o papel da tecnologia e da inteligência artificial em nossas vidas. Uma das ideias de que mais gostei é a questão da diversidade e da inclusão para quem possui deficiências visuais e auditivas. Em uma das obras, por exemplo, Roy Nachum colocou 36 alto-falantes sob o piso elevado, fazendo o chão vibrar com definição. Assim, uma pessoa com deficiência auditiva pode, por exemplo, acompanhar o movimento de um tigre enquanto ele se move pelo espaço rugindo.

Reimaginando o que conhecemos como realidade, eu simplesmente amei o conceito, o uso da tecnologia, a imersividade, a inclusão, a potência das obras e esse casamento de arte e tecnologia, duas esferas que, cada uma a seu modo, continuam a remodelar o mundo.

Ana Paula Zamper

Ana Paula Zamper

Depois de mais de 30 anos de experiência no mercado de tecnologia, eu decidi abandonar o sobrenome corporativo e fundar a ByAZ. Junto com essa novidade, veio uma grande vontade de escrever e dividir meus pensamentos com você. Bem-vindo ao meu blog!

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