As disputadas palestras do palco central não foram as principais atrações do Web Summit – uma das maiores conferências de tecnologia e inovação do mundo, que reuniu mais de 17 mil pessoas no Rio de Janeiro esta semana. Pelo menos não para mim…na minha primeira vez no Web Summit.
Demorei um pouco para entender isso. E por que não? Primeiro porque esses talks estavam sendo transmitidos na íntegra pelo YouTube – e seguem disponíveis. Segundo porque os eventos “away from the main stage”, como apelidei carinhosamente as conversas que aconteceram em stands de empresas/startups, masterclasses, roundtables e trilhas de temas específicos, foram uma parte significativa da minha experiência. Ali, a gente via pessoas aparentemente inacessíveis e muito admiradas lado a lado, trocando ideias com pessoas “comuns”, como eu. E tive a oportunidade de conectar-se com startups, trazer visibilidade para agendas específicas e fazer conexões para parcerias estratégicas.
O evento é considerado o local onde tecnologia e inovação se encontram para discutir temas atuais e ditar tendências que o mercado irá desenvolver e acompanhar nos próximos anos ou meses, e tem a tecnologia como fio condutor seja nas palestras, seja nos stands. Mais que uma conferência de tecnologia, o Web Summit é uma plataforma de eventos com presença global.
Surgiu em 2009, na Irlanda, e aconteceu em Dublin até 2015, quando mudou-se para Lisboa (1ª edição em 2016).
Em números:
17 mil ingressos vendidos
900 startups
300 palestrantes
125 empresas parceiras
15 palcos
Uma grande feira de expositores, startups e grandes marcas do setor tech. A maioria dos conteúdos acontecem em 20-30 minutos. É um pitch atrás do outro!
- KEYNOTES: apresentações sobre um tema de maior relevância;
- FIRESIDES CHATS: conversas entre 2 pessoas no palco;
- MASTERCLASS: apresentações de grandes nomes do mercado;
- PITCHS: apresentações de startups
- Q&A: sessões exclusivas para perguntas e respostas, com uma maior interação do público;
Com essa descrição, acho que dá para entender um pouco do cenário do evento, como um todo.
Em geral, as apresentações do palco principal foram mais um fio condutor de temas, ideias e provocações do que outra coisa. Inspirador, sim. Mas o que realmente me encantou foi criar conexões com pessoas e empresas, discutindo sobre os pontos vistos nos talks, conhecendo sobre modelos de negócios novos e fazendo networking.
Se for para apontar defeitos do Web Summit, porém, senti falta de tradução em Libras (que vi no stand do Senac RJ) no palco principal e de ter alguma opção de transporte coletivo conectando Riocentro a algum local de acesso mais central ou de maior possibilidade de escoamento.
Eu adorei? Odiei? Valeu o investimento? Eu acredito que sair de casa para abrir os horizontes sempre é algo bem-vindo. Adquiri conhecimento, ouvi ótimas histórias, me inspirei, estou com uma lista de temas para investigar e estudar e uma agenda de meetings a serem marcados para aprofundar conexões e oportunidades de negócios. Além disso, vivi duas emoções inesquecíveis no Web Summit do Rio.
A primeira foi ver a SAS Smart, empresa de que sou conselheira, apresentar a CompenSAS, primeira calculadora de créditos de carbono focada na telessaúde. A ideia é mostrar o quanto o atendimento médico à distância evita deslocamentos desnecessários reduzindo, assim, o impacto no meio-ambiente.
Por fim, foi incrível participar do pré-lançamento do livro “Uma Sobe e Puxa a Outra”, nascido de um grupo de mulheres sensacionais e que me orgulho muito de ter escrito um capítulo contando como a sororidade sempre foi importante na minha trajetória.
