As poderosas 50+

Antes tarde… que mais tarde.

Somos treinadas a acreditar que as grandes conquistas chegam aos 30, talvez aos 40. Mas a realidade conta outra história: 80% das mulheres da lista das 100 mais poderosas da Forbes em 2024 passaram dos 50.

Isso não acontece por acaso. É resultado de repertório acumulado. Da experiência. É fruto da coragem de fazer pausas necessárias e de repensar caminhos, e da confiança ao assumir novos papéis com mais clareza do que pressa.

Depois dos 50, a gente já sabe que carreira não é uma linha reta: é um ciclo constante de reinvenções. É parar, reavaliar, se for necessário pivotar e em alguns momentos acelerar.

Não é sobre o gás da juventude. É sobre solidez e ela vem da nossa capacidade de parar de correr contra o relógio. De pausar para refletir profundamente. E refletir é um diferencial competitivo em tempos de respostas rápidas e superficiais.

Talita Lacerda, CEO da Petlove, compartilhou recentemente que reserva tempo na sua agenda especificamente para pensar. Parece simples, mas tornou-se revolucionário num mundo onde assistentes virtuais completam nossas frases e pensamos cada vez menos por conta própria.

Também altamente inspirador, Henry Ford já dizia: “Pensar é o trabalho mais difícil que existe”. Muita tecnologia foi desenvolvida desde a sua época, mas isso não mudou: pensar segue sendo desafiador, mesmo em tempos de IA.

A vida é uma maratona, e não uma corrida de 100 metros. Talvez o segredo não esteja em acelerar continuamente, mas em saber o momento certo de diminuir o ritmo e até parar para fazer melhor.

E a carreira não é um gráfico em que a nossa produtividade começa a despencar depois dos 50. Ela está mais para uma onda de altos e baixos, agilidade e ponderação, ação e reflexão. Porque não é sobre idade. É sobre intenção.