O escritor americano Alvin Toffler, falecido em 2016, disse certa vez algo que ainda ressoa profundamente comigo: “O analfabeto do século 21 não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender”. Abraçar o novo e abrir mão das certezas é fundamental. Hoje percebo que, no fundo, só sei que nada sei. É essa percepção que me impulsiona a buscar novos aprendizados, explorando conteúdos e formas diferentes a todo momento.
Por isso, estou aqui no Preá-CE, onde participei da imersão “Equação na Terra do Vento”, liderada por Flávia Lippi, em uma pausa no meio de tanto ruído. Uma pausa para refletir profundamente sobre minha jornada. Tenho pensado muito que a vida só pode ser vivida no presente, em um estado de ação e não de inatividade.
Vivemos em um mundo de constantes mudanças, onde um bom líder precisa aprender e desaprender rapidamente. As incertezas nos desafiam cada vez mais, e a leveza se torna uma habilidade crucial para navegar por essas águas turbulentas. Um líder regenerativo constrói caminhos para outros decolarem, criando espaço para riscos e aprendizado. Regenerar não significa acolher a qualquer custo, mas proporcionar um ambiente de crescimento e evolução.
Como disse Flavia, “a vida é o esporte mais radical”, e praticar a não-resistência é essencial para renunciar ao sofrimento. Baruch de Espinosa nasceu em 24 de novembro de 1632 e foi considerado um dos grandes filósofos racionalistas compreende a alegria como o afeto que possibilita a passagem para uma perfeição maior, fortalecendo nossa capacidade de agir. A tristeza, por outro lado, é a passagem para uma perfeição menor.
E cada vez mais eu vejo que leveza e o equilíbrio são lições valiosas, tanto no mar quanto na vida. A chave da leveza é a instabilidade, que desperta minha sensibilidade e me torna mais receptiva ao novo. Na liderança, a leveza não significa negociar valores e princípios inegociáveis. Pelo contrário, envolve um compromisso ético que sustenta uma postura alinhada com nossas missões e papéis.
Ser leve é estar disposta a abrir mão, a aprender com cada onda, desaprender o que não serve mais e abraçar o novo com coragem e sensibilidade. Pensamento e ação tornam-se um só. É viver o pensamento e pensar a vida. Como disse Martha Medeiros, “a solução é voltar ao marco zero. Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima. Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar.”