É preciso discutir os limites éticos e buscar uma regulamentação. E foi sobre isso que eu falei hoje, no painel “Governança em Inteligência Artificial”, na Rio Innovation Week, com Giulia Willcox .
Antes de chegar a qualquer conclusão, convido você a passear pelo túnel do tempo comigo:
- Década de 2000: Os debates sobre ética e responsabilidade na IA começaram a ganhar destaque com o aumento do uso da tecnologia em aplicações críticas, como sistemas de saúde e finanças.
- Década de 2010: O surgimento de uma IA mais avançada, como machine learning profundo e automação de tarefas complexas, levantou preocupações sobre empregos, preconceito algorítmico e privacidade. Organizações como Future of Life Institute começaram a promover diretrizes éticas.
- 2016: A morte de um motorista de teste de um carro autônomo da Tesla trouxe à tona questões de segurança e responsabilidade em torno da IA aplicada a veículos.
- 2018: A União Europeia introduziu o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR), que afeta a maneira como os dados são tratados em sistemas de IA.
- 2019: A Comissão Europeia publicou suas diretrizes de Ética em Inteligência Artificial e lançou um processo de consulta pública sobre o tema.
- 2020: A pandemia de COVID-19 destacou o papel da IA em rastreamento de contatos, diagnóstico e pesquisa de vacinas, levantando questões sobre privacidade e transparência.
- 2021: Os Estados Unidos lançaram um Plano Nacional de Inteligência Artificial, destacando a importância da liderança em IA e governança.
- 2022: O Brasil lançou a Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (EBIA), que define os princípios, diretrizes e ações para o desenvolvimento da IA no país. A EBIA inclui um capítulo sobre governança da IA, que visa garantir que a IA seja usada de forma ética, responsável e transparente.
- 2023: O Brasil publicou uma regulamentação para o uso de IA em sistemas de crédito. A regulamentação visa garantir que a IA seja usada de forma justa e não discriminatória. Os Estados Unidos lançaram uma nova iniciativa para promover a governança responsável da IA. A iniciativa visa desenvolver um conjunto de princípios e diretrizes globais para o desenvolvimento e uso da IA.