Essa frase reflete o momento que vivemos na evolução da Inteligência Artificial e é isso que me preocupa. Estamos construindo o presente e moldando o futuro, mas também criando desafios que ainda não entendemos completamente. Como dizem, ainda nem sabemos que não sabemos. Criamos o presente, o enunciado e o futuro. Diante de cada naufrágio, procuramos aprender e construir barcos mais fortes.
A IA já demonstrou seu potencial. Em 2011, o Watson da IBM venceu campeões no jogo de perguntas e respostas Jeopardy!, combinando conhecimento geral com pensamento lateral (uma forma de pensar que utiliza a lógica de forma não convencional para resolver problemas de forma criativa). Em 2014, Ray Kurzweil previu que, até 2029, os computadores teriam inteligência equivalente à humana, incluindo a capacidade de contar piadas, ser romântico e até sexy. Agora, à medida que 2029 se aproxima, ele projeta 2045 como o ano em que a singularidade será atingida.
Enquanto isso, temos carros autônomos prometendo nos transformar em passageiros permanentes, como previu o The Guardian em 2015, e teorias como a da “internet morta”, que sugere uma web dominada por IA. O impacto da internet foi profundo, mas a IA tem o potencial de ir além – moldando como vivemos, pensamos e interagimos. Eu, inclusive, acabei de ler “Nexus”, novo livro do pensador e historiador Yuval Harari, e logo volto aqui para contar.
Por ora, deixo uma pergunta: afinal, a internet que conhecemos vai sobreviver à era da IA?