Na semana passada, São Paulo enfrentou um temporal histórico.

Muitas casas destelhadas e alagadas, árvores tombadas, grande parte do fornecimento de energia elétrica da cidade interrompida… Eu mesma fiquei mais de 80 horas sem luz. Para mim, foi como um tapa na cara! Se ainda pensamos que tratamos bem a natureza, essa foi a resposta. É simplesmente ação e reação.
 
Além disso, ficar sem energia e com pouca água (nas lojas perto de casa começou a faltar garrafa de água mineral, para vocês terem idéia) me fez pensar na questão de economia de recursos. Afinal, como (dentro dos nossos privilégios) sempre tivemos acesso a eles, nunca paramos para pensar em meios alternativos de uso. Mas não dá mais para viver assim.
 
Mudar hábitos e lutar em defesa de uma sociedade mais sustentável são as bases de um consumo consciente e eu quero começar já. Porque no cenário que vivemos, com guerras e crises políticas e econômicas, eu passei a revisar minhas prioridades. E vou seguir mudando, porque sei que o consumo consciente é um estilo de vida voluntário, cotidiano e solidário. Mesmo que às vezes eu seja assaltada pela ideia de que “nada vai adiantar eu, sozinha, tomar atitudes”, eu gosto de pensar numa expressão que ouvi há algum tempo chamada “efeito borboleta”.
 
A ideia, apresentada pelo meteorologista Edward Lorenz em 1960, fala que a pequena ação de uma borboleta batendo suas asas tinha o potencial de causar ações progressivamente maiores, resultando em um tufão. Então, convido você a fazer o que estiver ao seu alcance para cumprir com a sua parte da responsabilidade, que é essencial para causar as mudanças que queremos.
 
E se você está em posição de liderança, cuide para que sua empresa faça o que ela costuma falar, sem descolar o discurso das políticas e procedimentos internos. Melhor ainda se ações de empresas isoladas forem praticadas em conjunto. Esse tipo de postura ética e responsável, visando a promover o bem-estar comum, não é utópica: é necessária, pois somos partes interdependentes de um mesmo ecossistema.