Novas profissões x velhos empregos

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“Os Jetsons”, desenho de 1962 que eu adorava, nos ofereceu um vislumbre futurista da vida familiar no século 21, repleta de inovações. Enquanto ainda estamos a caminho do futuro retratado na série (2062), é impressionante notar como várias conveniências “Jetsonianas” já são uma realidade em nosso cotidiano. Relógios inteligentes? Check. Chamadas de vídeo? Check! Televisores de tela plana? Também! Esteiras rolantes em todo lugar? Sim. Turismo espacial? A caminho! Robôs domésticos? Ainda não temos uma ‘Rosie’, mas os aspiradores robóticos são um começo promissor.

Pensando nisso, percebo como a evolução da tecnologia molda continuamente a maneira como vivemos e agimos. Novas profissões estão surgindo, enquanto algumas estão se tornando obsoletas. Em todas elas, a tecnologia, em diferentes níveis, está revolucionando a maneira como realizamos nosso trabalho.

O futuro do trabalho, que uma vez imaginamos a décadas de distância, está se aproximando rapidamente, impulsionado por influências políticas, ambientais, sociais e econômicas. De acordo com o estudo “Futuro do Trabalho 2023”, apresentado em maio, pelo Fórum Econômico Mundial, estima-se que 23% das ocupações passem por transformações até 2027. As tendências que pensávamos ver em um futuro distante de fato estão à nossa porta.

Na pesquisa, foram entrevistados profissionais de 803 empresas de 27 áreas, que empregam juntas mais de 11 milhões de pessoas. O destaque ficou por conta do impacto das novas tecnologias nos empregos e das estratégias de transformação que as empresas planejam usar ao longo do período de 2023 a 2027.

O estudo destaca o papel dual da tecnologia e da 4ª revolução industrial na criação e eliminação de milhões de empregos. O avanço tecnológico e a transição para negócios mais verdes estão gerando demanda por novas funções em diversos setores. No entanto, a integração dessas novas tecnologias, o aumento do custo de vida, a desaceleração do crescimento econômico e as tensões geopolíticas podem levar a perdas significativas de emprego.

As empresas destacam uma necessidade crescente de treinamento e atualização de habilidades entre seus colaboradores para acompanhar as mudanças do mercado. Vale ressaltar que este é um desafio que abrange todas as gerações – todos precisamos continuar aprendendo e desenvolvendo novas habilidades, sejam elas soft ou hard skills, para garantir nossa empregabilidade.

Eu trago aqui alguns dos insights da pesquisa que mais me impactaram:

1.    Mais de 85% das organizações pesquisadas falaram que ampliar seu processo de digitalização traz a maior probabilidade de impulsionar transformações.

2.    A preocupação com a sustentabilidade deve gerar empregos, com medidas para que as empresas se adaptem às mudanças climáticas e criem ações responsáveis.

3.    No quesito tecnologia, mais de 75% das empresas devem adotar os benefícios dos big data, do armazenamento em nuvem e da Inteligência Artificial nos próximos cinco anos.

4.    Tecnologias de gestão ambiental e de criptografia e segurança cibernética devem ser as maiores impulsionadoras da geração de empregos.

5.    A expectativa para 2027 é que a automação deve ocupar 65% dos setores de informações e tratamentos de dados e apenas 35% das áreas de raciocínio e tomada de decisão.

6.    Em compensação, a inteligência artificial pode entrar nessa seara, e 75% dos entrevistados pretendem apostar nela, o que vai gerar empregos para especialistas em machine learning, analistas de Inteligência Artificial e analistas de segurança da informação.

7.    Está previsto um crescimento de aproximadamente 4 milhões de empregos para pessoas com letramento digital, como especialistas em comércio eletrônico, em transformação digital e em marketing e estratégia.

8.    Pensamento analítico e pensamento criativo continuam a ser as competências mais importantes para os trabalhadores em 2023.

9.    Confiabilidade e atenção aos detalhes ocupa o sexto lugar, atrás da “alfabetização tecnológica”.

10. E se você está em transição de carreira ou à procura de um novo aprendizado, anote: pensamento sistêmico, IA e big data, gestão de talentos e estratégias de serviços e atendimento são os caminhos apontados pelos gestores entrevistados.

11. Outras habilidades estratégicas enfatizadas pelas empresas são UX design, gestão ambiental, marketing e mídia e sistemas e cibersegurança.

12. As empresas pesquisadas relatam que investir em aprendizado e treinamento no local de trabalho e automação dos processos são as estratégias adotadas para atingir seus objetivos de negócios. 4 em cada 5 entrevistados esperam implementar essas estratégias nos próximos cinco anos.

Por isso, minha conclusão é: Ao invés de OU, aceite o E.

  • Continuo aprendendo e me adaptando
  • Hard skills E soft skills.
  • Aprender para inovar E cocriar o futuro.
  • Networking E relações de confiança.
  • Agir com flexibilidade E estar disposto a aprender rapidamente.
  • Propósitos sólidos E responsabilidade social.

Ou, como dizia Steve Jobs, você quer passar o resto da vida vendendo água com açúcar ou quer ter uma chance de mudar o mundo?

Ana Paula Zamper

Ana Paula Zamper

Depois de mais de 30 anos de experiência no mercado de tecnologia, eu decidi abandonar o sobrenome corporativo e fundar a ByAZ. Junto com essa novidade, veio uma grande vontade de escrever e dividir meus pensamentos com você. Bem-vindo ao meu blog!

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