Você já deve ter visto por aqui. Na NRF, grande evento do varejo, que aconteceu este mês em Nova York, muito se falou das Gerações Z e Alpha. É uma visão de que estes jovens nascidos a partir de 2010 são o futuro do consumo. Faz sentido, claro, mas uma pergunta ficou martelando na minha cabeça: e os consumidores 50+? Os boomers, a geração prateada? É como se, para o mercado, a vida acabasse aos 49 anos. Eu mesma me senti invisível por lá.
Só que não, né? Acho impressionante que as marcas ignorem os seguintes fatos:
- Os boomers estão em toda parte: um em cada quatro habitantes do planeta tem mais de 50 anos. Se tirarmos as crianças da conta, esse número salta para 36%!
- Eles são o futuro que ninguém está vendo: A população global 50+ está crescendo mais rápido do que qualquer outro grupo. Não é uma tendência, é um tsunami demográfico.
- Eles têm dinheiro e querem gastar: Estamos falando de consumidores com poder de compra gigante, mas que querem mais do que produtos – eles querem propósito. E mais: são eles que compram hoje para os Alpha. A decisão de compra está nas nossas mãos, afinal.
- Eles não se sentem representados: Quase 55% dos brasileiros 50+ acham que as marcas não falam com eles (dados da MV Marketing). Não é só um vácuo, é um grito por atenção.
Agora, me diz: como as marcas ainda conseguem ignorar um público tão relevante?
Pensar na economia prateada é mais do que corrigir uma injustiça de mercado – é jogar no longo prazo com quem está aqui pra ficar. Afinal, envelhecer faz parte da vida e ignorar isso não deveria fazer parte dos negócios!
Pois bem, se você, marca, está percebendo isso agora, ainda dá tempo. Minha contribuição para essa discussão passa pelo que nos interessa e engaja: propósito, sabedoria, conexões e alinhamento com valores.
Ou seja, marcas que focam em sustentabilidade, ética e impacto social têm muito mais chances de ganhar o coração (e o bolso) desse público.