O que nós, 50+, podemos aprender com a Geração Z?

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“Cultive interesses fora da profissão. Uma profissão não define uma personalidade”. Esses dias ouvi esse ensinamento maravilhoso, que veio de uma jovem de 25 anos de idade…

Fui criada com o “estigma” de que nosso aprendizado vinha de pessoas mais experientes que nós, sabem aquela questão de nichos, de “caixas”? Hoje, aos 56 anos, posso dizer com toda a certeza que aprender não tem hora, lugar nem idade – e que as caixas se abriram! Apenas temos que estar com “as antenas abertas” para captar.

Convivo com jovens da Gen Z, em projetos sociais e mentorias, com meus sobrinhos e filhos de amigos. Acho o máximo o frescor que me trazem em forma de pílulas de aprendizado, e me fazem repensar as minhas atitudes.

Por exemplo, li um artigo no The Wall Street Journal intitulado “The ‘Lazy-Girl Job’ Is In Right Now” e me peguei pensando: será que é preguiçosa mesmo uma pessoa que se recusa a trabalhar 10/12 horas por dia? Que se recusa a fazer uma carreira em multinacional e galgar degraus o mais rápido possível? Que prefere trabalhar 4 dias por semana? Ou será que essa pessoa tem mesmo inteligência emocional e ela entendeu que, por mais bacana que seja, um trabalho é só um trabalho e a vida é mais que isso?

Eu já fui uma baby-boomer workaholic. Mas a vida me trouxe outros tipos de aprendizado. Me realizei, sim, e não julgo quem opta por esse caminho. Mas também não fico por aí falando discursos como “os jovens de hoje não querem saber de nada, não têm disciplina ….. etc.”.

A Gen Z valoriza muito o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, buscando flexibilidade e oportunidades para crescimento pessoal.
É também conhecida por sua adaptabilidade e disposição para abraçar mudanças, também pela consciência no que diz respeito a responsabilidade social e ambiental, priorizam a autenticidade, o impacto social, a regeneração e o propósito.

Eles perceberam que bem-estar é uma maratona, não um treino intervalado. Afinal, cresceram com a tecnologia e com as redes sociais, que, em excesso, podem causar picos de isolamento, solidão e baixa autoestima.

Além do vigor da idade, sinto inveja de como eles aprendem, já que todo o conhecimento está ao alcance dos dedos. A Gen Z está sentindo os benefícios da aprendizagem baseada em projetos, um método de ensino que permite às pessoas explorar totalmente um assunto trabalhando em grupos para resolver um problema. Sem contar que abraçam com carinho toda forma de inovação e mudança. Mais um belo aprendizado para levar para a vida: vamos nos manter jovens no coração?

Outro aprendizado com tudo isso: geração não define modelo de consumo e comportamento. Acho que isso fica claro, né? Hoje em dia, tudo está inter-relacionado, características podem ser atreladas a gerações, mas gerações não definem modelo de comportamento. Temos muita coisa em comum e, assim como os jovens com quem eu convivo, vejo que é importante estarmos bem preparados e sempre querendo mais!

Ana Paula Zamper

Ana Paula Zamper

Depois de mais de 30 anos de experiência no mercado de tecnologia, eu decidi abandonar o sobrenome corporativo e fundar a ByAZ. Junto com essa novidade, veio uma grande vontade de escrever e dividir meus pensamentos com você. Bem-vindo ao meu blog!

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