Obrigada, Raul Seixas!

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No meio de uma semana bem atípica (comentarei sobre isso no próximo post), estou me preparando para uma entrevista de trabalho. Fiz o dever de casa: estudei a empresa, o segmento de mercado, os executivos, a concorrência… enfim, o básico (bem-feito!).

Ontem, enquanto scrollava no Instagram – porque todo estudo sério merece um intervalo, né? – me deparei com os stories de uma especialista em networking afirmando que, para ser bem-sucedido, 85% vem do networking e 15% do conhecimento técnico. Não sei se concordo, mas até aí, tudo bem.

Ao que ela acrescentou que, em uma entrevista de trabalho, o candidato deveria estar pronto para opinar sobre os principais temas do momento. E trouxe exemplos: as duas principais guerras que estão acontecendo, mudanças climáticas, Inteligência Artificial, governos de Lula e Trump, eleições no Senado e Congresso, China, dólar, reforma tributária e imagino que até o nascimento do filho da Gisele Bündchen (!!!).

Gente, pra quê? É claro que precisamos saber as questões profissionais. Estar antenada? Claro! Acompanhar as notícias? Fundamental. Mas ter opinião sobre tudo? Isso me passa uma sensação de superficialidade – aquela história do “sei tudo, mas na verdade não sei nada”.

Fora que todo esse esforço me parece ser para esconder as nossas fragilidades, as nossas preferências, os nossos interesses, a nossa humanidade. Ficamos todos formatados para opinar superficialmente sobre tudo e as entrevistas de trabalho se tornam todas iguais. Será mesmo esse o caminho?

Me lembrei de uma palestra que vi na NRF com Joey Camire, CEO e cofundador da SYLVAIN: “Você não pode vender com sede. Desespero raramente gera respeito. As pessoas não compram sua necessidade, elas compram o valor que você oferece”.

Ou seja, não é sobre querer preencher todos os espaços ou saber todas as respostas. É sobre ter profundidade, relevância e oferecer uma real contribuição. Afinal, fazer um bom networking não tem nada a ver com emitir opiniões rasas.

Tudo que veio à minha mente naquele momento foi que eu não quero ter uma velha opinião formada sobre tudo. Obrigada, Raul Seixas, por esse momento de lucidez! E você, o que acha?

Ana Paula Zamper

Ana Paula Zamper

Depois de mais de 30 anos de experiência no mercado de tecnologia, eu decidi abandonar o sobrenome corporativo e fundar a ByAZ. Junto com essa novidade, veio uma grande vontade de escrever e dividir meus pensamentos com você. Bem-vindo ao meu blog!

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