Olhando pra trás, acelerando pra frente!

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Energizada para 2025, olho para trás e vejo o quanto o ano passado foi transformador. Assumi novos conselhos e comitês, um grande desejo meu, e vivi uma jornada de aprendizado, entre conquistas e desafios. Ainda tenho muito a aprender nesse papel de conselheira, mas levo comigo lições que compartilho aqui:

  1. Na busca pelos integrantes certos, conselheiros escutam sugestões de colegas e exploram sua rede pessoal. Por outro lado, ser indicado por algum C-Level dentro da empresa traz maior escrutínio por parte dos pares, principalmente para comprovar a Separation of Duties entre gestão e Conselho. Ou seja, ao contrário do que se imagina, o desafio se torna maior.
  2. Seus pontos fortes na gestão nem sempre serão os mais usados em um Conselho. Sempre fui conhecida pela velocidade de execução e por ser muito hands-on. Mas, em Conselhos, meu papel mudou completamente: não posso executar, apenas apontar, indicar e deliberar. Incentivar divergências de ideias e perspectivas exige paciência e um ritmo mais reflexivo. No início, parecia que minhas mãos estavam atadas, mas logo me adaptei e enxerguei o valor desse novo formato.
  3. Também foi desafiador deixar de lado a gestão próxima que sempre tive com as equipes. No Conselho, existe uma barreira clara: não posso emitir juízo de valor ou interferir na gestão. Aprender a fazer análises, apontar questões e contribuir sem “atropelar” foi uma lição brutal. Diante de divergências acirradas, busco dialogar com as partes envolvidas para compreender suas posições, mas sem emitir minha visão ou recomendação. Nesse contexto, a escuta ativa e empática se tornou indispensável.
  4. A dedicação é muito maior do que parece. Se você acha que ser conselheiro é só participar de uma reunião por mês, repense. Há comitês, leituras, interações com a gestão para esclarecer dúvidas e, acima de tudo, é preciso humildade e integridade para aprender. Nunca estudei tanto sobre Finanças ou LGPD, com mentorias de especialistas e cursos externos. Todo esse esforço demanda tempo, mas o encaro como essencial para agregar valor ao trabalho.
  5.  E o tempo, sem dúvida, é o maior desafio. Já ouvi que “não pareço estar aposentada”, e é porque não estou. Sempre trabalhei muito na IBM, mas a empresa era meu lastro. Pesquisas, cursos, viagens e eventos estavam todos atrelados a ela. Agenda única, sabe? Agora, cada projeto tem seus tempos e movimentos. Gerenciar isso foi um dos maiores aprendizados da minha nova-não-tão-nova função. É preciso flexibilidade para ajustar o curso quando necessário. Mas são minhas escolhas, minhas decisões.

E o que eu levo? Aprendizado, porque conhecimento é transitório e nunca podemos parar de adquirir. Também exercito, na prática, empatia e inteligência emocional e aprendi a confiar mais em mim para tomar decisões fora da zona de conforto.

Ana Paula Zamper

Ana Paula Zamper

Depois de mais de 30 anos de experiência no mercado de tecnologia, eu decidi abandonar o sobrenome corporativo e fundar a ByAZ. Junto com essa novidade, veio uma grande vontade de escrever e dividir meus pensamentos com você. Bem-vindo ao meu blog!

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