Por uma agenda com intenção.

Terminei mais um dia de estudos no curso de Finanças (que já contei por aqui que recém iniciei) às 22h, e imediatamente me veio à cabeça algo que tenho ouvido com frequência: Ana, você parece mais ocupada agora, aposentada, do que antes!

Já contei por aqui que deixar a vida corporativa me deparei com um desafio inesperado: uma agenda mais diversa do que nunca. Ter autonomia sobre meu tempo foi uma conquista, mas descobri que exige ainda mais disciplina. É contraditório, mas real.

Hoje, estou em Conselhos, na Saint Paul Escola de Negócios, além dos estudos, cursos e eventos para manter meu networking vivo. E, claro, tenho compromissos com minha família, amigos e treinos. Esses eu priorizo sem culpa, afinal, já aprendi que presença também se agenda.

Aliás, abrir mão passou a ser uma prática recorrente. Uma amiga me disse algo que virou meu filtro diário: “Para a agenda de quem você está trabalhando?”. Parece simples, mas é poderoso. A gente costuma dizer “não tenho tempo”, quando, na verdade, só está colocando o tempo a serviço de outra prioridade, que nem sempre é nossa.

Tenho falado muito sobre isso com meu psicanalista. Porque, atualmente, a palavra finitude passou a ter outro peso para mim. A conta do tempo começou a ficar mais clara: não cabe tudo, e nem deve. Só que a cada dia me resta menos tempo. O tempo é finito, mas as escolhas são infinitas. E é aí que mora o risco – ou a sabedoria. Preciso caber na minha vida, e não na dos outros.

Eu ainda erro. E muito. Mas sou mais consciente (ou tento ser!), busco organizar minha agenda com mais intenção e menos inércia. Confiro o calendário do celular toda noite, anoto tudo no Mac ou no iPad porque não tem memória nem papel que dê conta. A vida não cabe mais num planner, mas precisa caber naquilo que faz sentido. E você? Organiza sua agenda no piloto automático ou consegue eleger prioridades?