Transformação digital exige mudanças na capacidade de líderes para conduzir negócios

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A aceleração tecnológica tem transformado tarefas, empregos e habilidades, e exige que lideranças se atualizem e se adaptem na mesma velocidade para que possam calibrar seu poder decisório sobre o negócio. Mas como se atualizar sobre as evoluções ao mesmo tempo em que elas avançam? Como avaliar quais as tendências e as oportunidades trazidas? Afinal, como lideranças – gerentes, diretores, C-Levels e conselheiros – podem se preparar diante da transformação digital?

“Em primeiro lugar, é importante entender que a transformação digital é a reinvenção diária na era digital. É um processo que envolve a utilização de tecnologias digitais para criar novos – ou modificar – modos de funcionamento de negócios, cultura e experiências do cliente com o objetivo de atender às mudanças de comportamento e de demandas do mercado como um todo”, explica Ana Paula Zamper, diretora do Programa Leading Digital Reinvention (LDR) da Saint Paul Escola de Negócios. Com mais de 30 anos de experiência em tecnologia, ela acredita que os líderes precisam de um olhar disruptivo a partir das mudanças em curso.

Hoje, segundo Ana Paula, para uma empresa ser líder de mercado é preciso que seu time entenda todas, ou a maioria das tecnologias presentes, e saiba utilizá-las para gerar diferenciais competitivos. E é nesse momento que as lideranças atentas ao momento contribuem para transformar a mentalidade das equipes. “É preciso entender a lógica por trás dos conceitos da tecnologia, o impacto de suas aplicações nos processos, nas pessoas, nos produtos e nos clientes. E o mais importante: saber perguntar para obter as melhores respostas”, afirma.

Para uma empresa se preparar para esta mudança, Ana Paula explica que é fundamental compreender três eixos de trabalho: ambição e visão estratégica; construção de fluência e capacidades; e posição de competitividade.

Para uma empresa se preparar para esta mudança, Ana Paula explica que é fundamental compreender três eixos de trabalho: ambição e visão estratégica; construção de fluência e capacidades; e posição de competitividade.

Na visão estratégica, os executivos devem definir quem são seus clientes, suas demandas e como atendê-los da maneira mais eficiente. Identificado este ponto, os líderes devem trazer para o seu ecossistema de negócios, tanto com recursos internos quanto externos, o conhecimento e domínio das novas tecnologias e suas aplicações. Concluídos estes pontos, chega a hora de testar o processo, observando as rotinas estabelecidas e os pontos de gargalo e integração de informações.

Um gargalo global importante, aliás, se refere à formação de equipes de tecnologia, que podem munir as lideranças com informações que as ajudem nas decisões dos negócios. Um estudo divulgado pela Brasscom (Associação das Empresas deTecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais) mostrou que as empresas brasileiras de tecnologia irão demandar, até 2025, um total de 797 mil talentos. O mesmo estudo, porém, evidenciou que o país forma apenas 53 mil profissionais da área por ano.

Mudança de comportamento

“Eu ficaria mais preocupado em ser substituído por alguém mais qualificado que eu em Inteligência Artificial, por exemplo, do que por um robô”, provoca Adriano Mussa, reitor e diretor de Inteligência Artificial da Saint Paul. Para ele, os líderes empresariais no segmento não precisam, necessariamente, se tornar especialista em programação ou codificação, por exemplo, mas precisam ser capazes de identificaras novas tecnologias e entender como extrair delas as informações necessárias para seus negócios.

“A lógica da transformação digital provoca uma mudança comportamental nos executivos. Antes, eles davam as respostas às equipes e aos clientes. Agora, eles precisam fazer as perguntas, dando chance de colocar os clientes no centro do debate. E essas perguntas só serão bem-feitas por meio dos dados extraídos das ferramentas”, afirma.

A euforia causada no mercado a cada aparição de uma nova tecnologia precisa ser ponderada: “As lideranças acabam se distraindo com essas aparições e se distanciando do verdadeiro propósito da transformação. A questão é, qual diferencial essa nova descoberta irá trazer para meu planejamento? E não aplicá-la somente porque é uma tendência”, explica.

Garantir a segurança de dados e a aplicação correta da regulação, por exemplo, passa longe de uma questão momentânea. Esse tema é central para empresas hoje e demanda a aplicação de melhores práticas, que inclui a criação de uma cultura de privacidade nas empresas, oferecendo treinamento e educação sobre a LGPD (LeiGeral de Proteção dos Dados). “É importante entender que a proteção de dados é um investimento e não um custo. As empresas devem garantir que todos os dados pessoais de seus clientes e colaboradores sejam tratados de forma segura e em conformidade com a lei. Isso significa que todos os dados devem ser protegidos por criptografia, armazenados em ambientes seguros e devidamente auditados”, explicaAna Paula.

A capacitação do profissional em ciber segurança, aliás, é extremamente relevante. A edição do Global Cybersecurity Outlook Report 2023, do World Economic Forum(WEF), indica que os líderes empresariais estão mais conscientes dos problemas cibernéticos de suas organizações do que há um ano. Eles também estão mais dispostos a lidar com esses riscos, entendendo que a conscientização e a preparação ajudarão as organizações a equilibrar o valor da nova tecnologia em relação ao risco cibernético que a acompanha.

Ter essa visão global sobre os pontos de contato das tecnologias emergentes com os próprios negócios torna a gestão mais eficientes. Os especialistas da Saint Paul enumeram algumas ações importantes que devem estar no radar de gestores:

  • Fique atento a tendências: mantenha-se informado sobre inovações, acompanhando fontes confiáveis e participando de eventos e conferências sobre tecnologia.
  • Adote uma mentalidade de aprendizado contínuo: aprenda com seus erros e experimente novas soluções, mesmo que isso signifique sair de sua zona de conforto.
  • Escute seus clientes, seus pares, seus colaboradores, seus fornecedores, ecossistema networking: conecte-se com outros profissionais de tecnologia e inovação para trocar ideias e aprender uns com os outros.
  • Saiba fazer perguntas. Pergunte, seja curioso. Não é preciso se tornar um especialista em TI, mas entender os principais impactos que as tecnologias emergentes podem trazer para o negócio.
  • Erre rápido para acertar rápido. A atuação ágil diante de desafios impostos pela aceleração digital ajuda a qualificar lideranças e suas equipes para se capacitarem a cada inovação ou tendência.

Capacitação

Para ajudar na qualificação das lideranças diante das múltiplas possibilidades que a tecnologia impõe, a Saint Paul Escola de Negócios estruturou o curso LeadingDigital Reinvention (LDR). Voltado para C-Levels, diretores, executivos e conselheiros, o curso promove uma imersão ao mundo digital, apresentando aosalunos as tendências de mercado no segmento e como agregar valor aos negócios por meio das ferramentas existentes.

Durante o curso, os profissionais compreendem com profundidade seu papel como líder exponencial e disruptivo, sobre como as novas tecnologias podem gerar valora os negócios, e ainda passam a fazer parte de uma comunidade de decision-makersque atua ativamente na transformação digital. Ao final, é aplicado um projeto individual com mentoria de grandes especialistas no tema sobre o conteúdo aprendido ao longo do programa.

Publicado no Valor Econômico em 28/02/23 neste link: https://valor.globo.com/patrocinado/saint-paul/carreira-reskilling/noticia/2023/02/28/transformacao-digital-exige-mudancas-na-capacidade-de-lideres-para-conduzir-negocios.ghtml

Ana Paula Zamper

Ana Paula Zamper

Depois de mais de 30 anos de experiência no mercado de tecnologia, eu decidi abandonar o sobrenome corporativo e fundar a ByAZ. Junto com essa novidade, veio uma grande vontade de escrever e dividir meus pensamentos com você. Bem-vindo ao meu blog!

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